eusoufado

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O termo fado significa destino. Este termo é derivado de origem latina (Fatum). As suas origens são muito incertas, existindo, assim, diferentes teorias relativamente ao seu aparecimento. Uma delas defende que o Fado enraizou-se no Brasil em meados do século XVIII através de uma mistura de tradições musicais, existentes no continente americano, entre europeus (colonizadores) e africanos (escravos). 

   Uma outra teoria sobre este “enigma” explica que o fado nasceu em Lisboa através dos cânticos lastimosos e tristes dos muçulmanos. 

   Diz-se também que este estilo musical provém dos marinheiros, que cantavam à proa das embarcações e que o definiram, em Alfama, como a dança do bordel, indecente e desonesta, cantada à desgarrada. Mais tarde, em meados do século XIX, viria a tornar-se a mais famosa fadista em Lisboa, mais concretamente em Alfama e Mouraria, a Severa (cigana, prostituta que cantava e tocava fado nas tabernas). 

   Na segunda metade do século XIX, o fado, já mais desenvolvido, e a guitarra de Lisboa, são dados a conhecer em Coimbra por estudantes lisboetas.

   Nos tempos da ditadura de Salazar, o fado viria a ser exposto no Teatro de revista. As letras eram submetidas à censura e os profissionais eram obrigados (por Salazar) a possuir uma licença para exercer a profissão. Foi também nesta época que ocorreram mais oportunidades de divulgação mundial do fado, através do surgimento da rádio e do cinema. Estes, serviram de “rampa de lançamento” para os “cantadores” das vielas e recantos se estrearem no teatro e no cinema e para passarem também a ser ouvidos em discos. 

  Com isto, surgem então as casas de fado onde se descobriam novos talentos e onde começaram a aparecer letristas, compositores e intérpretes. Mas para cantar nestas casas era necessária uma carteira profissional, um repertório analisado pela Comissão de Censura e boa aparência. Os artistas apresentavam-se com trajes negros, à frente da viola de fado e da guitarra portuguesa.